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tour.name = Japonesia | Naoki Ishikawa
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DropDown_0561BA16_3AA3_A1D2_41C7_FDA0B6E9EE29.label = Lista de imágenes panorámicas
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HTMLText_64B703F4_0E09_C4C5_41AA_AABEA5FD022B.html = Caminhos
Em 2018, apresentamos na Japan House São Paulo a primeira mostra da série dedicada ao conjunto de práticas que compõem o conceito de Dō – termo que significa “caminho” –, que enaltece a busca por elevação espiritual a partir de manifestações artísticas e outras formas de expressão. DŌ: a caminho da virtude apresentava, com fotos e demonstrações ao vivo, artes marciais japonesas que fazem parte do Budō.
Em 2019, foi a vez de DŌ: a caminho da serenidade focar no Kadō, a arte dos arranjos florais. Finalmente, em 2021, inauguramos DŌ: o caminho de Shoko Kanazawa, dedicada ao Shodō, a arte da caligrafia.
Todas essas disciplinas aliam tradição e contemporaneidade, combinação tão presente na cultura japonesa e tão valorizada na programação da JHSP, além de destacarem a importância da disciplina, do rigor, da persistência e da dedicação física e mental para o seu desenvolvimento.
A combinação da tinta sumi com o pincel utilizado na escrita de ideograma (kanji) é chamada de Shodō, “o caminho (dō) da escrita (sho)”.
A caligrafia foi introduzida no Japão por volta do ano 600 d.C. e era parte da educação de famílias de elite, além de ser permeada de refinamento e rituais. É entendida como forma de expressar a individualidade de quem a exerce e se apoia muito nas habilidades criativas de cada artista. Todos os elementos presentes em uma obra de Shodō são importantes, inclusive linhas acidentais, respingos de tintas e espaços em branco.
Na mostra aqui presente, a escolha de Shoko Kanazawa como uma das expoentes do Shodō contemporâneo foi feita para enfatizar a força e a sutileza simultâneas dessa artista, que com síndrome de Down se apoiou muito no Shodō como forma de se expressar e fazer ouvir a sua voz. Kanazawa movimenta-se por inteiro, numa performance corporal intensa e minuciosa. Suas escolhas poéticas para as mensagens que pretende transmitir demonstram sua singular sensibilidade e otimismo.
As obras selecionadas abordam espiritualidade, conceitos filosóficos e temas humanos universais. Talvez Kotodama, “o poder das palavras”, sintetize a força do Shodō, em tempos em que o uso descuidado das palavras tantas vezes as esvazia e seu uso consciente e correto se prova cada vez mais necessário e potente.
Todas as legendas associadas às obras são relatos da mãe de Shoko, Yasuko Kanazawa. São passagens muito pessoais e afetivas de alguém que compartilha a paixão pela arte da escrita e tem um conhecimento profundo de sua única filha e de seu caminho.
Além das obras, há também uma vitrine com algumas das ferramentas usadas para a realização do Shodō e textos escritos por Taizan Yanagida, membro de uma família que se dedica à caligrafia japonesa há gerações.
O aperfeiçoamento pessoal pode ser uma busca constante de uma vida toda. No Shodō, não basta apenas aprimorar habilidades técnicas; é essencial dedicar-se igualmente ao aspecto mental. Um belo e árduo caminho para o autoconhecimento e para a criação de uma linguagem singular e autoral, que passa pela compreensão de seu corpo e pelo apuro da sensibilidade.
Natasha Barzaghi Geenen
Diretora Cultural e Curadora da mostra
#ShodoNaJHSP
#ShokoKanazawaNaJHSP
Caminhos
Em 2018, apresentamos na Japan House São Paulo a primeira mostra da série dedicada ao conjunto de práticas que compõem o conceito de Dō – termo que significa “caminho” –, que enaltece a busca por elevação espiritual a partir de manifestações artísticas e outras formas de expressão. DŌ: a caminho da virtude apresentava, com fotos e demonstrações ao vivo, artes marciais japonesas que fazem parte do Budō.
Em 2019, foi a vez de DŌ: a caminho da serenidade focar no Kadō, a arte dos arranjos florais. Finalmente, em 2021, inauguramos DŌ: o caminho de Shoko Kanazawa, dedicada ao Shodō, a arte da caligrafia.
Todas essas disciplinas aliam tradição e contemporaneidade, combinação tão presente na cultura japonesa e tão valorizada na programação da JHSP, além de destacarem a importância da disciplina, do rigor, da persistência e da dedicação física e mental para o seu desenvolvimento.
A combinação da tinta sumi com o pincel utilizado na escrita de ideograma (kanji) é chamada de Shodō, “o caminho (dō) da escrita (sho)”.
A caligrafia foi introduzida no Japão por volta do ano 600 d.C. e era parte da educação de famílias de elite, além de ser permeada de refinamento e rituais. É entendida como forma de expressar a individualidade de quem a exerce e se apoia muito nas habilidades criativas de cada artista. Todos os elementos presentes em uma obra de Shodō são importantes, inclusive linhas acidentais, respingos de tintas e espaços em branco.
Na mostra aqui presente, a escolha de Shoko Kanazawa como uma das expoentes do Shodō contemporâneo foi feita para enfatizar a força e a sutileza simultâneas dessa artista, que com síndrome de Down se apoiou muito no Shodō como forma de se expressar e fazer ouvir a sua voz. Kanazawa movimenta-se por inteiro, numa performance corporal intensa e minuciosa. Suas escolhas poéticas para as mensagens que pretende transmitir demonstram sua singular sensibilidade e otimismo.
As obras selecionadas abordam espiritualidade, conceitos filosóficos e temas humanos universais. Talvez Kotodama, “o poder das palavras”, sintetize a força do Shodō, em tempos em que o uso descuidado das palavras tantas vezes as esvazia e seu uso consciente e correto se prova cada vez mais necessário e potente.
Todas as legendas associadas às obras são relatos da mãe de Shoko, Yasuko Kanazawa. São passagens muito pessoais e afetivas de alguém que compartilha a paixão pela arte da escrita e tem um conhecimento profundo de sua única filha e de seu caminho.
Além das obras, há também uma vitrine com algumas das ferramentas usadas para a realização do Shodō e textos escritos por Taizan Yanagida, membro de uma família que se dedica à caligrafia japonesa há gerações.
O aperfeiçoamento pessoal pode ser uma busca constante de uma vida toda. No Shodō, não basta apenas aprimorar habilidades técnicas; é essencial dedicar-se igualmente ao aspecto mental. Um belo e árduo caminho para o autoconhecimento e para a criação de uma linguagem singular e autoral, que passa pela compreensão de seu corpo e pelo apuro da sensibilidade.
Natasha Barzaghi Geenen
Diretora Cultural e Curadora da mostra
#ShodoNaJHSP
#ShokoKanazawaNaJHSP
Aji no mingei (Artesanato do Sabor)
A renovação das embalagens do okaki (biscoito de arroz) “Aji no Mingei” parte do conceito de preservar a tradição do biscoito, considerando-o um item de artesanato popular, no conceito japonês de encontrar a beleza no uso cotidiano dos produtos feitos pelas mãos dos mestres artesãos. As embalagens para cada um dos 12 tipos de okaki se baseiam em diferentes artesanatos (cerâmica, tingimento de tecido, etc.), e as estampas externas são posicionadas visando a um design impactante como um todo.
Designer: Hosokawa Design
Site: http://hosokawadesign.jp/
Classificação: Finalista
Aji no mingei (Artesanato do Sabor)
A renovação das embalagens do okaki (biscoito de arroz) “Aji no Mingei” parte do conceito de preservar a tradição do biscoito, considerando-o um item de artesanato popular, no conceito japonês de encontrar a beleza no uso cotidiano dos produtos feitos pelas mãos dos mestres artesãos. As embalagens para cada um dos 12 tipos de okaki se baseiam em diferentes artesanatos (cerâmica, tingimento de tecido, etc.), e as estampas externas são posicionadas visando a um design impactante como um todo.
Designer: Hosokawa Design
Site: http://hosokawadesign.jp/
Classificação: Finalista
La exposición Japonesia marca el inicio de una prometedora alianza entre el Museo Oscar Niemeyer (MON) y Japan House São Paulo.
Considerado uno de los artistas más relevantes en el escenario actual de la fotografía en Japón, Naoki Ishikawa y su instigadora obra ofrecen a los visitantes una expedición singular por un Japón desconocido.
Una particularidad en el excepcional trabajo de Naoki es la forma analógica de fotografiar, que resalta aún más los colores de las imágenes reveladas. Presenta de ese modo al público la interacción entre la naturaleza y la presencia humana con sus rasgos culturales.
Se trata de una oportunidad única para observar a Japón a través del ojo sensible de uno de sus principales fotógrafos. Reconocido y premiado internacionalmente, Naoki concentra en esta exposición imágenes de más de 20 islas del archipiélago, reforzando la conexión de Japón con el mar.
El nombre de la exposición, Japonesia, también pone de relieve el hecho de que se trata de un país formado por un conjunto de islas.
Al ser la primera institución que ha establecido un acuerdo de colaboración con Japan House São Paulo, el MON rinde un especial homenaje a los miles de descendientes de japoneses que viven en Paraná, el estado brasileño con la segunda mayor población de ese origen.
Juliana Vellozo Almeida Vosnika
Directora presidente del Museo Oscar Niemeyer
Naoki Ishikawa nació en Tokio (Japón) en 1977. Es fotógrafo, licenciado en Bellas Artes en la Universidad de Waseda y cuenta con las titulaciones de magíster y de Doctor por la Universidad de Tokio.
Ishikawa se dedica principalmente al registro de los paisajes de Japón: su naturaleza y su gente. Realiza su labor como un artista viajero, pero lleva a cabo una investigación preparatoria sobre cada uno de los diferentes destinos antes de ir presencialmente y, al visitarlos, eterniza con la fotografía analógica los escenarios, la presencia humana y las huellas culturales tradicionales y contemporáneas propias de esos lugares. Se interesa por la antropología, las costumbres y el folclore, presentando sus trabajos que son el fruto de viajes tanto a grandes ciudades como a zonas más remotas.
Ha realizado exposiciones en países como Francia, Italia, Alemania y Canadá, y también ha recibido una serie de premios por sus fotografías, habiendo sido galardonado por The Photographic Society of Japan en 2008 en la categoría de Artista Emergente y, en 2020, en la categoría de Lifetime Achievement Award, destinado a los profesionales que han realizado un notable trabajo fotográfico a lo largo del tiempo. Sus obras forman parte de colecciones públicas de instituciones asiáticas y norteamericanas, como el Museum of Contemporary Art Tokyo (Tokio, Japón), Shanghai Institute of Visual Arts (Shanghái, China), Cleveland Clinic (Ohio, Estados Unidos), entre otras.
Naoki Ishikawa también es reconocido por sus libros, especialmente por uno infantil publicado en Japón en 2020, sobre un niño de la etnia sherpa, originario del Tíbet y Nepal, que desea escalar el Everest (シェルパのポルパ エベレストにのぼる o, en una traducción libre al español: Porpa, el joven sherpa, sube el Everest.
Mirada en primera persona
Japonesia es la oportunidad de ver a Japón a través de los ojos del artista-viajero, Naoki Ishikawa, en un relato en primera persona, como si desvelara parte de sus diarios de viaje y sus memorias en forma de imágenes.
Aquí tenemos la oportunidad de descubrir nuevos paisajes, reconocer muchos otros o incluso sorprendernos por la singularidad de lugares ya muy difusndidos y ya casi saturados, como el emblemático Monte Fuji. Sin importar si ya hemos visto numerosas reproducciones o incluso si ya hemos visitado la mágica montaña japonesa, la instalación visual de Naoki con sus recortes, momentos y ángulos nos ofrece la riqueza y el poder proporcionado por el tiempo. El tiempo interno de cada uno, el momento vivido en cada experiencia e incluso el estado de espíritu del observador.
A partir del paseo visual de la exposición en el Museo Oscar Niemeyer, podemos comprender que Japón es un país rico en variaciones radicales de paisajes, que se transforman no sólo según su ubicación geográfica, sino también por los cambios espectaculares estéticos que presentan de acuerdo con las estaciones del año.
Naoki comparte la mirada curiosa y personal de sus aventuras y exploraciones. En el auge de la dependencia digital, toma fotografías de forma analógica y las revela manualmente en un trabajo atento e íntimo de contacto con los objetos retratados a través del acto de fotografiar y la materialidad del papel.
La famosa máxima "ningún hombre es una isla" (John Donne, 1624) está magistralmente simbolizada a través del concepto de Japonesia. En un momento en que el mundo vive un aislamiento forzoso, el recuerdo de Japón como un archipiélago y la noción del océano como responsable de unir esta serie de porciones de tierra, como una manta de retazos de historias y tradiciones, es algo extremadamente poético.
El año 2020, marcado por la necesidad de aislamiento y las barreras, es también el hito de nuestro testimonio de la fuerza de las relaciones y de los cambios.
Japonesia se inauguró el mismo día de la reapertura de Japan House São Paulo al público, en octubre de 2020, después de largos meses sin poder recibir visitas: el punto central de nuestra existencia y nuestro mayor patrimonio. La oportunidad de mostrarla ahora al público de Curitiba en esta primera muestra itinerante nacional de Japan House São Paulo y en una institución con el prestigio y la seriedad del Museo Oscar Niemeyer realmente tiene un valor simbólico inmenso. Este logro sólo fue posible gracias a la participación y al compromiso de los equipos de las dos instituciones, que trabajaron con ahínco y pasión, poniendo de manifiesto el valor de la unión.
Japonesia expresa la belleza de los encuentros y despierta el deseo de nuevas miradas y descubrimientos.
Natasha Barzaghi Geenen
Directora cultural de Japan House São Paulo y curadora de la muestra