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## Tour
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tour.name = Parade - Um pingo pingando, uma conta, um conto
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htmlText_02741360_1542_59B3_4156_97AAB68B83D0.html = SINFONIAS COTIDIANAS
Imagine um jantar festivo. Garfos e facas se chocam contra os pratos de porcelana enquanto cortam a comida, a prataria tilinta e brilha sobre a mesa, cadeiras de madeira rangem casualmente arranhando o piso enquanto tampas de metal abrem e fecham panelas com comidas fumegantes. Bandejas deslizam de mão em mão distribuindo a sobremesa. Uma rolha estoura e se ouve o derramar borbulhante de espumante que preenche taças de cristais. Um brinde!
Todos os dias, objetos cotidianos compõem sinfonias, paisagens sonoras nas quais estamos inseridos e que muitas vezes passam despercebidas. Em “Parade - Um pingo pingando, uma conta, um conto”, Yuko Mohri desloca esses objetos de seus contextos habituais e nos permite contemplá-los de diferentes pontos de vista. Seu trabalho nos remete a filosofia japonesa Yō no bi que ressalta a beleza inerente aos objetos do dia a dia. Somos convidados a desvendar como os utensílios que utilizamos diariamente podem carregar valores estéticos que refletem uma cuidadosa seleção da matéria prima, emprego de métodos eficientes na sua elaboração e uma atenção plena aos detalhes.
Soetsu Yanagi, filósofo japonês e referência da artista, diz em seu livro <em>A beleza das coisas cotidianas que quando uma paisagem se torna muito familiar, nós perdemos a habilidade de vê-la verdadeiramente. É o caso dos sons de um jantar e de muitos outros eventos e objetos que preenchem nosso cotidiano.
Yuko compõe uma sinfonia sonora e visual e nos provoca a perceber que estamos rodeados de objetos e acontecimentos belos e inspiradores. Quando você deixar a instalação e se deparar com um espanador de pó, certamente você não vai olhar para ele da mesma forma que antes. Sendo assim, da próxima vez que você estiver em um jantar, experimente perceber a sinfonia única que será composta naquele momento ao seu redor. Ela, definitivamente, não vai se repetir em outras ocasiões.
htmlText_03516073_1542_7795_41A4_031733594309.html = PARA FAZER DURANTE A VISITA
Essa é uma proposta desenvolvida pelo Educativo da Japan House São Paulo e deve ser feita, preferencialmente, enquanto você visita a instalação “Parade - Um pingo pingando, uma conta, um conto” da artista Yuko Mohri.
Caminhe até um lugar de sua preferência e pare. Marque este lugar como o seu ponto de início.
Permaneça em silêncio e deixe seu corpo se acostumar com o ambiente. Os sons, os movimentos e a temperatura.
Quando se sentir pronto, dê uma volta ao redor da instalação o mais devagar possível e contemple todos os acontecimentos. Perceba quais são os objetos presentes. Com qual velocidade eles se mexem? Quais são as cores e formatos? Quais os sons que eles emitem?
Volte ao texto quando você retornar ao seu ponto de início.
Agora que você deu uma volta na instalação, repare na dinâmica que existe entre os objetos. Imagine que tipo de lugar é esse. Deixe sua mente viajar e criar diferentes hipóteses.
O abrir e fechar do acordeão poderia ser pulmões respirando?
O pulo do espanador de pó te lembra o rabo de um cachorro?
O piscar das lâmpadas são olhos que piscam?
O ciclo da água lembra o bombeamento de sangue feito pelo coração?
Depois de imaginar, se você tivesse que dar um nome para esse grande acontecimento, qual seria?
Caso esteja acompanhado, compartilhe o nome pensado e discuta as diferentes interpretações da mesma obra.
htmlText_03D51C8C_1542_4F73_4176_09295F0B2154.html = ACASOS PERMANENTES
Uma das formas de exemplificar a importância dada ao acaso na cultura japonesa é uma estrutura existente nos santuários xintoístas. Trata-se de um espaço quadrilátero delimitado por quatro pilastras unidas por uma corda de palha. O objetivo desse lugar é ser um espaço vazio que possa ser preenchido pelas divindades xintoístas, os Kami (神).
Note que o kami pode visitar esse espaço, mas não obrigatoriamente o fará. Esse é o espaço do acaso por excelência, onde o vazio carrega a possibilidade de, a qualquer instante, ser visitado pelo divino. Essa percepção do vazio enquanto disponibilidade radical do espaço-tempo para que algo aconteça é uma das definições do elemento japonês Ma (間).
O trabalho de Yuko Mohri não dialoga objetivamente com essa estrutura xintoísta, mas está inserido no contexto nipônico que valoriza o vazio e sua potencialidade. Em “Parade - Um pingo pingando, uma conta, um conto”, a artista constrói um ecossistema artificial composto por objetos cotidianos, que vão de utensílios domésticos a instrumentos musicais, e que obedece a uma lógica própria, assim como qualquer ecossistema natural. Nele, fenômenos físicos como a gravidade, a eletricidade, a luz, entre outros, determinam os acontecimentos e abrem espaço para as coincidências, erros e imprevistos.
Pode parecer um paradoxo, mas há em seu trabalho uma organicidade detalhadamente elaborada, premeditada e é justamente por tamanho cuidado e planejamento que o acaso ganha força, surpreende e potencializa suas instalações. No trabalho de Yuko, planejar é o oposto de evitar os imprevistos, e sim criar um espaço-tempo propício para que eles possam acontecer em toda sua plenitude.
htmlText_E72CA455_71C4_F01B_41BA_57DEE70E5260.html = Yuko Mohri nasceu em 1980 na província de Kanagawa, Japão, e reside atualmente em Tóquio. A artista cria instalações que permitem uma experiência sensorial com forças intangíveis e invisíveis, como a força magnética, a gravidade e a luz.
Entre suas exposições individuais dos últimos anos destacam-se SP. by yuko mohri (Ginza Sony Park, Tóquio, 2020), Voluta (Camden Art Centre, Londres, 2018) e Mohri Yuko: Assume That There Is Friction and Resistance (Towada Art Center, Japão, 2018). Participou também de exposições coletivas no Japão e no exterior, como a Glasgow International 2021 (Escócia), a Asia Pacific Triennial 2018 (Brisbane, Austrália), Japanorama: New Vision on Art since 1970 (Centre Pompidou-Metz, França, 2017), a Biennale d’Art Contemporain de Lyon 2017 (França) e a Yokohama Triennale 2014 (Kanagawa, Japão), entre outras.
Em 2015 foi aos Estados Unidos como bolsista do Asian Cultural Council (ACC). No mesmo ano, ganhou o grande prêmio no “Nissan Art Award” e, em 2016, conquistou o “Culture and Future Prize” no “Kanagawa Culture Award”. No ano seguinte, recebeu o Prêmio de Melhor Artista Jovem do “67º Prêmio do Ministro da Educação para Belas Artes” do governo japonês. Em 2018 foi escolhida como representante japonesa do Programa de Intercâmbio Cultural para o Leste Asiático da Agência de Assuntos Culturais do governo japonês, quando passou uma temporada na China.
Atualmente, Mohri leciona no programa de Prática Artística Global da Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade de Artes de Tóquio. É também uma das artistas participantes da 34ª Bienal de São Paulo (2021).
htmlText_E740D96D_7144_7008_41CF_2C8DBEA4DC59.html = Processo de montagem da obra Moré Moré (Leaky): Variations, “Grey Skies”, no Fujisawa City Art Space, Japão, 2017.
htmlText_E8A6A848_7144_B008_41C8_0717EE12BFC9.html = É nítido que Yuko Mohri absorveu influências que atravessam as fronteiras geográficas e de tempo tais como Marcel Duchamp (França, 1887-1968), criador do conceito do ready-made, que no século XX criava obras de arte a partir da junção de objetos de uso cotidiano produzidos em larga escala.
Além do grande artista, outro importante inspirador para Mohri foi o compositor Erik Satie (França, 1866-1925), que criou o gênero “música de mobiliário” com o propósito de ocupar espaços sem evidenciar o som. Foi esse, talvez, um possível precursor do conceito dos “não lugares”, termo empregado pelo antropólogo Marc Augé (França, 1935) para designar os espaços de passagem, incapazes de ter identidade própria.
Ainda no âmbito musical, John Cage (EUA, 1912-1992). Pioneiro da música aleatória e do uso de instrumentos não convencionais, Cage esteve diversas vezes no Japão e, fascinado por sua cultura, criou músicas muito conhecidas do público japonês. Em 1983, Cage compôs Ryoanji motivado por sua visita ao jardim de pedras do templo Ryōan-ji de Kyoto.
Com tantas inspirações e sintonias internacionais, a instalação inédita apresentada na Japan House São Paulo é composta por elementos de duas obras de Mohri com fortes alicerces japoneses: Parade (2011-) e Moré Moré (2015-).
As delicadas, porém potentes, instalações da artista apresentam ideias como transitoriedade e impermanência, conceitos muito presentes na cultura japonesa, criando ecossistemas compostos de esculturas cinéticas e sonoras que têm relação de causa-efeito com o entorno.
Parade foi criada após longa observação do Ofuna Flower Center, jardim botânico de Kanagawa frequentado por Yuko Mohri, onde ela se deu conta da passagem do tempo e de incessante alteração observada de forma concreta: sementes, folhas e flores se modificam numa dependência imediata do ambiente que as envolve.
A aparente e valorizada simplicidade tem o respaldo de técnica sofisticada: a instalação conta com uma máquina desenvolvida pela artista com ajuda de engenheiros (baseada em um Arduino, uma placa de prototipagem eletrônica de código aberto). As imagens de uma toalha de mesa são traduzidas em correntes elétricas que percorrem diversos fios, provocando reações inesperadas nos objetos espalhados pelo espaço expositivo.
Moré Moré também é em sua essência impermanente e transitória. Nela Mohri provoca vazamentos para, depois, tentar interrompê-los e fazer a água circular novamente pelo sistema danificado. A inspiração veio de uma observação urbana seguida de registros fotográficos que a artista fez dos vazamentos de água no metrô de Tóquio, em 2009. Equipes das estações atingidas usavam vários tipos de recipientes incluindo garrafas, baldes, guarda-chuvas e tubos para conter o fluxo, criando assim esculturas involuntárias.
Parade, uma sinfonia de objetos corriqueiros. Moré Moré, gerada graças ao olhar atento dos “não lugares” da definição de Augé. Ambas tratam de apropriações da artista em relação ao que está em seu redor, evocando diferentes fluxos e ritmos.
Como uma homenagem à composição Águas de Março, de Tom Jobim, Parade – um pingo pingando, uma conta, um conto é uma releitura da artista de sua própria obra, uma versão tropicalizada feita a partir da relação estabelecida por ela entre os objetos de sua instalação e a letra da famosa canção brasileira.
Desfiando uma sequência de objetos do dia a dia em uma colagem poética, Mohri torna visível o termo you no bi, do filósofo japonês Sōetsu Yanagi (Japão, 1889-1961), que ressignifica objetos e utensílios comuns exaltando a beleza no ordinário e a percepção do valor da simplicidade.
As instalações de Yuko Mohri investigam a gravidade, o magnetismo e a luz como fatores de presença perceptível em espaços. A artista evoca ideias de energia e de força intangível. Causa curiosidade e maravilhamento, com os objetos retirados de suas funções primárias e costurados numa teia poética, valorizados nessa colagem espacial.
Seu delicado equilíbrio explora e desafia o incontrolável.
Natasha Barzaghi Geenen
Diretora Cultural e curadora da mostra
#YukoMohrinaJHSP
htmlText_E8BDA638_715B_B009_41C6_0C9AE149ED37.html = Em fevereiro de 2020, fiz uma visita técnica na Japan House São Paulo. Foi a minha primeira viagem ao Brasil, e deparei com um clima exatamente oposto ao do inverno japonês. A cidade estava repleta de uma energia intensa por conta dos preparativos para o carnaval e, enquanto passeava pelas ruas de São Paulo com meu copo de caldo de cana na mão, fiquei impressionada com o emaranhado de cabos que se estendiam pelos postes. Dentro dessa atmosfera maravilhosa, fiquei imaginando, com muita expectativa, o tipo de instalação site specific que eu poderia criar nesse ambiente maravilhoso.
No entanto, como vocês já sabem, logo após o meu retorno ao Japão, a pandemia do coronavírus se espalhou pelo mundo. Com isso, a exposição foi adiada em um ano e, infelizmente, ainda não posso ir ao Brasil.
Normalmente, crio as minhas obras combinando objetos utilitários do cotidiano com fenômenos da natureza, como a luz e o vento. O conjunto de objetos que se conectam a esses fenômenos e a canção Águas de Março, de Antônio Carlos Jobim, a qual nos faz sentir uma nostalgia do fim do verão, alcançaram a fronteira da “poesia dos seres e das coisas” que almejei com esta obra. O título desta exposição foi emprestado da letra dessa canção de que gosto tanto.
Yuko Mohri
## Action
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